A Doença de Alzheimer (DA) é um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal
que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, comprometimento
progressivo das atividades de vida diária e uma variedade de sintomas
neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais. A doença instala-se quando o
processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar
errado. Surgem, então, fragmentos de proteínas mal cortadas, tóxicas, dentro
dos neurônios e nos espaços que existem entre eles. Como consequência dessa
toxicidade, ocorre perda progressiva de neurônios em certas regiões do
cérebro, como o hipocampo, que controla a memória, e o córtex cerebral,
essencial para a linguagem e o raciocínio, memória, reconhecimento de estímulos
sensoriais e pensamento abstrato..
A causa ainda é desconhecida, mas acredita-se que seja geneticamente determinada.
A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em
pessoas de idade, sendo responsável por mais da metade dos casos de demência
nessa população.
No Brasil, centros de referência do Sistema Único de Saúde (SUS) oferecem
tratamento multidisciplinar integral e gratuito para pacientes com Alzheimer,
além de medicamentos que ajudam a retardar a evolução dos sintomas. Os cuidados
dedicados às pessoas com Alzheimer, porém, devem ocorrer em tempo integral.
Cuidadores, enfermeiras, outros profissionais e familiares, mesmo fora do
ambiente dos centros de referência, hospitais e clínicas, podem encarregar-se
de detalhes relativos à alimentação, ambiente e outros aspectos que podem
elevar a qualidade de vida dos pacientes..
A Doença de Alzheimer costuma evoluir para vários estágios de forma lenta e
inexorável, ou seja, não há o que possa ser feito para barrar o avanço da doença.
A partir do diagnóstico, a sobrevida média das pessoas acometidas por Alzheimer oscila
entre 8 e 10 anos. O quadro clínico costuma ser dividido em quatro estágios:
Estágio 1 (forma inicial): alterações na memória, na personalidade e nas habilidades
visuais e espaciais;
Estágio 2 (forma moderada): dificuldade para falar, realizar tarefas simples e
coordenar movimentos. Agitação e insônia;
Estágio 3 (forma grave): resistência à execução de tarefas diárias. Incontinência
urinária e fecal. Dificuldade para comer. Deficiência motora progressiva;
Estágio 4 (terminal): restrição ao leito. Mutismo. Dor à deglutição. Infecções
intercorrentes..